Furacão
Tião Carreiro e Pardinho
B7 E E7
Já cansei de ser tapete, já cansei de ser capacho
A B7
Cansei de andar apanhando, já cansei de andar por baixo
E
Cansei de ser bananeira, que morre pra dar o cacho
E7 A B7 E
Cansei de ser passarinho vou virar, gavião penacho
B7 E E7
Nasci no grito do escravo, no estalo do chicote
A B7
Já cansei de ser madeira e agora virei serrote
E
Cansei de ser boi de carro, leva canga no cangote
E7 A B7 E
Agora já virei cobra e não vou, errar o bote
B7 E E7
O osso que eu roía já virou filé minhão
A B7
Já fui tropa de rodeio agora virei peão
E
Fui boiada muito tempo agora virei ferrão
E7 A B7 E
Já cansei de ser carneiro agora, virei leão
B7 E E7
Carneiro vive cem anos todo mundo tendo dó
A B7
Eu prefiro ser leão e viver um ano só
E
Quero ser um galo índio que briga e rola no pó
E7 A B7 E
Galo índio briga e manda pra panela, o carijó
B7 E E7
Meu cavalo é um pé de vento quando corre é um furacão
A B7
Meu arreio cutiano fiz do couro de um dragão
E
O cabresto e o par de rédeas são três cobras do sertão
E7 A B7 E
Meu chicote é um cascavel e o veneno, está na mão