A Mão do Tempo
Tião Carreiro e Pardinho
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Na solidão do meu peito o meu coração reclama
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Por amar quem está distante e viver com quem não ama
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Eu sei que você também da mesma sina se queixa
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Querendo viver comigo, mas o destino não deixa.
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Que bom se a gente pudesse arrancar do pensamento
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E sepultar a saudade na noite do esquecimento
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Mas a sombra da lembrança é igual a sombra da gente
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Pelos caminhos da vida, ela está sempre presente.
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Vai lembrança e não me faça querer um amor impossível
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Se o lembrar nos faz sofrer, esquecer é preferível
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Do que adianta querer bem alguém que já foi embora,
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É como amar uma estrela que foge ao romper da aurora.
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Arranque da nossa mente, horas distantes vividas
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Longas estradas que um dia foram por nós percorridas
C7 F G7
Apague com a mão do tempo os nossos rastros deixados
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Como flores que secaram no chão do nosso passado.