Informações do compositor:

apolinario pais de oliveira filho

Estilo musical: country

Letras compostas:
Saga do meu avô (I) Quantas estórias ouvi de carro de bois De boiadeiros , de berrantes e boiadas Que são presentes de uma era que se foi Em todas tem, sertão,poeiras, bois e estradas Porém notei, que em nenhuma destas estórias Aconteceram igual a do meu avô Que me contava, com os olhos cheios de glórias Do seu passado que o sertão presenciou Me contou que de uma velha perobeira Do grosso tronco, um carro de bois construiu E com os galhos, por ser de boa madeira Fez as cangalhas, fez varão e fez cantil Ele já tinha o boi fumaça e o boi pinhão De uma herança, desde que eram bezerrinhos Por muitos anos arrastaram o carretão Sertão a fora foram fazendo caminho. Boi pinhão e o boi fumaça (Refrão) Arrastavam o carretão Os dois bois, deixaram rastos De saudade no sertão. (II) Passaram-se os anos e os dois bois Já cansados de tanto velhos morreram Vovô guardou o couro e a cabeça dos dois Como lembrança dos anos que precederam Como carreiro êle fez a sua vida Quando èle tinha o boi fumaça e o boi pinhão Prá ter um pouco dos dois bois em suas lidas Prá boiadeiro êle mudou a profissão Então do couro que tirou do boi fumaça O mesmo boi que foi fundando as estradas Mandou fazer um laço de doze braças E uma chibata com argolas prateadas Mandou fazer dos chifres do boi pinhão Além de um guapo, um berrante vibrador Pelas estradas empoeiradas do sertão Ele tocava a boiada com louvor (Refrão) (III) Lembra vovô que ao laçar um touro de raça E o laço forte tenteava o tourono chão Imaginava ocorpo do boi fumaça Puxando o carro na subida do grotão E quando êle, tocava o berrante Uma saudade lhe cortava o coração E a lembrança lhe feria a todo instante Pois recordava o mungir do boi pinhão Se êle as vêzes tocava duzento bois E o seu cavalo, comparava a um carretão Em sua mente êle só tocava dois No passo lento o boi fumaça e o boi pinhão Se êle olhava o carro no pé da paineira Durante as noites onde a lua faz clarão Lá ele via os dois bois entre as clareiras Se coçando nos fueiros do carretão. (Refrão)

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