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Década de 20

Ela deixa de ser apenas folclore e passa a ser ouvida em alguns centros urbanos. No Rio de Janeiro, Cornélio Pires, um dos primeiros incentivadores deste segmento de música, grava o primeiro disco de música caipira, em 1929.

Um pouco antes disto, por volta de 1924, temos o primeiro registro de um grupo de música Sertaneja (A Turma Caipira de Cornélio Pires), formada por violeiros como Caçula e Sorocabinha.

Nesta década começam a ser apresentados shows com estilos como a Catira, o Fandango e a Folia de Reis em varias cidades do Brasil.

Década de 30

Nesta década temos os primeiros trabalhos de João Pacífico, reconhecidamente um dos melhores compositores da nossa música. Surge a dupla Alvarenga & Ranchinho, que através de suas paródias, foram tornando o gênero mais conhecido em todo o país. Nesta época, também, Torres & Serrinha, dois compositores de grandes sucessos, introduzem ao violão nas modas de viola.

Mais para frente eles inovaram novamente criando o primeiro programa de rádio dedicado a música sertaneja, transmitido pela Record com a participação de José Rielli. O programa chamava-se Três Batutas do Sertão.

Década de 40

Em 1942, os "Irmãos Perez" participaram de um concurso de violeiros na Rádio Difusora de São Paulo. Foram os mais aplaudidos e ganharam o concurso. Capitão Furtado achava que o "nome" não combinava com o estilo da dupla, e resolveu batizá-los como: Tonico & Tinoco.

No ano seguinte, gravaram o primeiro LP em 78 rotações com a música Em Vez de me Agradecê. E desde então permaneceram nas paradas de sucesso, com músicas inesquecíveis como Chico Mineiro, Moreninha Linda, Canoeiro, Brasil Cabloco, Tristeza do Jéca, Luar do Sertão, Menino da Porteira, Cana Verde, Baile na Roça, entre mais de 1500 gravações. A década marcou também o surgimento de nomes que seriam eternizados na música sertaneja, caso de Nhô Pai, inventor do Rasqueado.

Década de 50

O gênero sertanejo cresce como um todo, com o surgimento de nomes como Tião Carreiro & Pardinho, Mário Zan, Pedro Bento & Zé da Estrada, Inezita Barroso e as Irmãs Galvão.

São compostas várias canções que se tornariam verdadeiros clássicos, entre elas "O Menino da Porteira".

Entre as novas duplas surgidas a partir da década de 50, Tião Carreiro & Pardinho são importantes a ponto de Nonô Basílio, caipira compositor e que trabalhou em diversas gravadoras, colocá-los em 1976 no primeiro lugar de sua lista de campeões de vendagem de discos, seguidos por Leo Canhoto e Robertinho e Lourenço e Lorival.

Quando se formou, em 1956, a dupla já acumulava extensos currículos individuais. Outras duplas que até hoje encantam o público pelo seu grande valor aparecem também, como os irmãos Zico & Zeca e Liu & Léu.

Em 1958, Pedro Bento & Zé da Estrada emplacaram seu primeiro hit, Seresteiro da Lua. A princípio, eles cantavam música caipira de raiz. Mas em meados dos anos 60 preferiram levar adiante as já então muito comuns influências da música mexicana, enfatizando ainda mais os chapelões, trompetes e ui-ui-uis. A mistura deu certo, e só poderia dar; afinal, a dupla estava essencialmente promovendo a união de dois irmãos sertanejos, o mexicano e o brasileiro.

Década de 60

Apesar do aparecimento da Jovem Guarda, sucesso absoluto na época, a música sertaneja revelou grandes nomes nos anos 60. Caso do conhecido Marcelo Costa, que organizou inúmeros bailes cowboy na época.

Conhecido como Marechal da Música Sertaneja, Geraldo Meirelles foi o grande divulgador do segmento sertanejo, com seu programa Canta Viola.

Sérgio Reis, o Serjão, também começaria a surgir na mídia, ainda como cantor romântico, com o sucesso Coração de Papel. Léo Canhoto & Robertinho, mais no final desta década, começaram a dar toques de modernidade na música sertaneja, gravando as primeiras canções acompanhadas de guitarra, baixo e bateria, trocando temas rurais por motivos urbanos e inovando no visual, adotando os cabelos compridos.

Década de 70

A música sertaneja conquista definitivamente o seu espaço no cenário nacional, com programas de rádio como A Grande Parada Sertaneja, Sertanejo Classe A e o Programa do Zé Bettio. Nomes como Tonico & Tinoco, Tião Carreiro & Pardinho, Pedro Bento & Zé da Estrada, Jacó & Jacozinho, Irídio & Irineu eram presenças garantidas em toda a programação.

O cinema também abriu as portas para o sertanejo, com filmes como "O Menino da Porteira", "Mágoa de Boiadeiro" e "Os Três Boiadeiros", todos sucessos de bilheteria.

Surge nesta época um fenômeno dentro do segmento, a dupla Milionário & José Rico, de visual exótico e colecionando desde então vários Discos de Ouro e Platina.

Década de 80

Definitivamente a música sertaneja rompeu a barreira do campo e penetrou com força total nas grandes cidades brasileiras, impulsionando a venda de discos e o surgimento de vários novos valores no segmento.

As gravadoras, de olho neste filão, começaram a investir pesado no gênero sertanejo. Nas rádios, vários programas são exclusivamente voltados para a música sertaneja e na TV aconteceu a mesma coisa. Som Brasil (na Rede Globo, apresentado por Rolando Boldrim) e Canta Viola são alguns exemplos.

Em 1980, João Mineiro & Marciano lançaram a Chico Rey & Paranámúsica "Esta Noite Como Lembrança", ficando no topo das paradas de sucesso.

Chico Rey & Paraná estouram em todo o Brasil com "Quem Será Seu Outro Amor". Duduca & Dalvan, Matogrosso & Mathias e Peão Carreiro e Praensetambém colocam seu nome em evidência.

Milionário & José Rico crescem ainda mais, chegando a fazer turnês internacionais, visitando países distantes como a China. Em Piracicaba, surge a dupla Cezar & Paulinho, filhos de Craveiro, da dupla Craveiro & Cravinho.

Trio Parada Dura, Dino Franco & Moraí, Durval & Davi são outros que surgem com força.

Em 1984, aparece no cenário uma das duplas mais importantes da música sertaneja atualmente, Teodoro & Sampaio. No terceiro trabalho eles já ganham o primeiro Disco de Ouro com "Vestido de Seda". Todos os trabalhos posteriores também atingiram Disco de Ouro.

Sem dúvida nenhuma, nesta fase, o nome mais importante para o gênero foi Chitãozinho & Xororó, que mesclaram elementos de modernidade, sem descaracterizar as canções tradicionais, a exemplo do que tinham feito anteriormente Léo Canhoto & Robertinho.

Chitãozinho & Xororó, os irmãos de Astorga (PR), estouraram em 1982 com a música "Fio de Cabelo". Assim, tornam-se referência do estilo, passando a se apresentar em programas como o Globo de Ouro (TV Globo), que nunca tinha aberto as portas para a música sertaneja antes.

Outras duplas apostaram no estilo romântico e se deram muito bem. João Mineiro & Marciano, por exemplo, ganharam vários Discos de Ouro com a música "Ainda Ontem Chorei de Saudade", de autoria de Moacir Franco.

Chrystian & Ralf, que cantavam em inglês no início de suas carreiras, se voltam definitivamente para o sertanejo e começam a ser conhecidos como a dupla mais afinada do Brasil. Gilberto & Gilmar, que cantavam desde meninos, lançam a canção "Assino com X" em 1981, marcando seus nomes na história da música sertaneja.

Novos talentos também começam a surgir, como João Paulo & Daniel, Leandro & Leonardo, que seriam verdadeiros sucessos de venda na década seguinte.

Década de 90

A música sertaneja se consolida de vez no cenário nacional. Tirando os modismos de época e as jogadas comerciais das gravadoras, ela sempre mantém o seu patamar de vendas, sendo um dos estilos mais consistentes e lucrativos da música brasileira. Logo no início desta década, já acontece a explosão da dupla Leandro & Leonardo, com hits como "Tapas e Beijos" e "Pense em Mim".

Já reconhecido compositor do meio sertanejo, Zezé Di Camargo também resolve tentar a fama e juntamente com seu irmão, faz sucesso incrível com "É o Amor". A partir daí, Zezé Di Camargo & Luciano entrariam para o estrelato, com sucesso comparado a Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo. A união das três duplas, inclusive, rendeu vários shows, CD´s e especiais para a televisão sob o nome de Amigos.

João Paulo & Daniel também se firmam de vez no cenário da música sertaneja, ao lado de Gian & Giovani. Com as mortes de João Paulo e Leandro, os respectivos parceiros passam a cantar solo. Daniel e Leonardo aumentam ainda mais sua popularidade, passando a cantar num estilo mais romântico.

Surgem nesta década também as duplas Rick & Renner e Rionegro & Solimões.

Novo Milênio – século XX

Infelizmente de 2000 pra cá, muitos cantores, duplas que representam a música sertaneja raiz nos deixaram, e muito poucos defendem a tradição da música raiz. Entre os poucos que surgiram neste novo milênio, destacamos Muniz Teixeira e Joãozinho, Lucas Reis e Thácio, Otávio Augusto e Gabriel, Fernando e Osmair, Marcos Violeiro e Cleiton Torres, entre outros.

As rádios , bares e casas de shows passaram a ser invadidas por um novo estilo musical, que recebeu o nome de "sertanejo universitário". O título de universitário faz menção à idade dos cantores e de seus fãs, normalmente mais jovens.

O espaço na mídia foi ficando cada cada vez mais escasso, mas por outro lado com o avanço da tecnologia, através da internet se abriu um novo portal, através das web rádios e sites que contam a história da verdadeira música raiz apesar de ser muito pouco. Essas web rádio e sites que ainda salvam a nossa tradição assim como nós do www.clubesertanejo.com.br que estamos presentes desde 2000 e trazendo historias, entrevistas, curiosidades para manter sempre viva a verdadeira música raiz.

Atualmente, o sertanejo universitário é um dos mais populares do país e essa fase se caracteriza pelos ritmos dançantes e mais urbanos, além de temas contemporâneos que remetem ao amor e à traição.

Isso sem contar com as combinações com outros estilos, como axé-nejo, funk-nejo e arrocha, que se popularizaram nesse período.

Diversos artistas já se destacaram nessa fase, por exemplo, Gustavo Lima, Michel Teló, Luan Santana e Marília Mendonça, Maira e Maraisa, Jorge e Matheus, Henrique e Juliano, Israel e Rodolfo, Simone e Simaria, Naiara Azevedo e ai vai....

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